21 de novembro de 2024

Petição Virtual do surf brasileiro conta com adesões de peso

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Requerimento, ‘Unidos pelo Surf Brasileiro’, já conta com mais de 2 mil assinaturas e nomes importantes – históricos e atuais -, que assinaram a petição que pede o fim da atual gestão da Confederação Brasileira de Surf (CBS). Ricardo Bocão, Caio Ibelli, Daniel Friedman, Tita Tavares, Paulo Zulu e Phil Rajzman são alguns deles.

Por enquanto, pouco se viu ou leu na última semana sobre o levante de surfistas no país inteiro – e até de fora dele – que estão ainda ecoando as enfuriadas palavras de Picuruta Salazar e Raoni Monteiro, e as declarações do atual Campeão Mundial de Surf, Ítalo Ferreira. Mas, a revolta está grande no meio do surf, desde free surfers a grandes nomes do surf nacional.

Assim como o levante feito há alguns meses atrás, o problema agora atingiu toda a comunidade envolvida no esporte, logo após mais um anúncio desastroso feito pela Confederação Brasileira de Surf (CBS) sobre ‘elitizar’ o surf brasileiro sem aviso prévio. Ter voltado atrás na decisão foi até pior, para muitos surfistas, e isso só mostra a intolerância que está instalada junto a na CBS atualmente.

Gerações do surf brasileiro se unem, querem nova gestão e transparência

A chamada feita por Raoni Monteiro, aos brasileiros do World Tour, ainda não surtiu todo o efeito desejado por ele, mas internamente, várias gerações do surf estão se manifestando. E esta petição é o reflexo disso, já contando com mais de 2 mil assinaturas – junto com a listagem inicial que atravessou as redes sociais num primeiro momento -, e entre elas, nomes importantes do surf brasileiro que mostraram sua indignação com a atual gestão da Confederação Brasileira de Surf (CBS), como o Top da Elite Mundial da WSL, Caio Ibelli.

Além dele, outros importantes nomes aparecem na listagem virtual, como Rodrigo ‘Pedra’ Dornelles, Ricardo Bocão, Amaury ‘Piu’ Pereira, Marcelo Trekinho, Ícaro Cavalheiro, Ricardo Tatuí, Victor Ribas, Wagner Pupo, Chico Paioli, Jojó de Olivença, Jaqueline Silva e Flávio ‘Teco’ Padaratz.

Da nova geração do surf brasileiro, uma legião de surfistas amadores, ou em profissionalização, como Uriel Sposaro, Leo Barcelos, Pedro Dib, Higor Souza, Tales Araujo, Kaue Germano, Mariana Areno, Cainã Souza e Caio Costa, estrearam na listagem de assinaturas. No longboard, Marcelo Foguinho, Fernando Moniz (Marreco) e Phil Rajzman se destacam na categoria entre a nova e a antiga geração.

Daniel Friedman e Neco Carbone também deixam sua insatisfação

A virada deste momento, acontece com a inclusão de nomes históricos do surf, como o de uma das maiores lendas do surf nacional, Daniel Friedman, que junto com Renato Wanderley, Sandro Neto, Guilherme Herdy, Dunga Neto, Neco Carbone, Fabio Quencas, Chico Paioli, Paulo Zulu, Sérgio Penna, Chico Paioli, Kias de Souza, Saulo Lyra, Marcos Brasa, Sérgio Gadelha e Roberto Perdigão, dentre outros.

Na parte técnica, entre vários nomes que ajudaram a construir o surf brasileiro nos últimos anos, Evandro de Abreu (Supersurf). Juca Barros, Gustavo Zampol, Marcos Conde e Milton Waksman. Do big surf se destacam Felipe ‘Gordo’ Cesarano, Caio Vaz e Danilo Couto, entre outros, todos comovidos com a atual realidade do surf nacional.

Surf feminino representa, e são quase incontáveis na lista.

Entre as mulheres, um número quase incontável, centenas delas, com nomes importantes no cenários mundial e brasileiro, como Tita Tavares, Suelen Naraisa e Nancy Geringer. Dos surfistas profissionais, Alex Ribeiro, Felipe Ximenes, Hizunome Betero, Petterson Thomaz e Wesley Santos são alguns deles.

Chama a atenção, não apenas o número de competidores, free surfers e nomes importantes do surf nacional dentro desta petição virtual, mas o peso que muitos destes nomes tem diante da situação a qual se encontra a atual gestão da CBS e do surf brasileiro. A realidade agora, parece ter despertado quase todas as gerações do surf nacional.

De Norte a Sul e até do exterior, todos querem mudança e transparência

Bi Campeão Brasileiro de Surf, Messias Felix, puxa a fila de nordestinos descontentes com a atual situação do surf brasileiro. Foto: Lima Jr.

Praticamente, de norte a sul do país, de todos os estados litorâneos, e até de outros países, com Estados Unidos, Argentina, Austrália, Chile, Costa Rica, França, Alemanha, Irlanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suíça, brasileiros espalhados pelo mundo, todos a par da situação de momento do surf brasileiro.

A região Nordeste do país, onde a sede da atual gestão da CBS foi mantida durante anos em seguidas reeleições, agora também busca renovação. Além do maior destaque nordestino no momento, potiguar Ítalo Ferreira, pode-se destacar atletas como os cearenses, Itin Silva e Messias Felix – Bi Campeão Brasileiro de Surf em 2012.

Da nova geração, o baiano Ives Lopes, o alagoano Amando Tenório, e os pernambucanos Gabriel Farias e Júnior Lagosta. Um vasto e contundente descontentamento com os rumos do surf brasileiro, principalmente o de base, nos últimos anos, e que agora fica como registro dentro deste inventário atual do surf.

Atletas cobram associações e federações por esta retomada

Geraldinho Cavalcante – ao centro da foto – se mantém firme em seu propósito contra a atual gestão da CBS. Foto: Damangar

A grande maioria dos interessados dentro desta lista aguarda agora, o pronunciamento das diversas federações e associações de surf espalhadas pelo país. Como já fizeram as federações carioca, capixaba, sergipana, alagoana e a pernambucana (FPS), além da Associação de Surf de Saquarema, diante, principalmente, da mudança em relação ao circuito profissional da CBS em 2020.

Para Geraldinho Cavalcante, presidente da Associação Nordestina de Surf (ANS), antes apoiador da CBS, mas que agora lidera o processo que tenta derrubar seu presidente, Adalvo Argolo, “Os surfistas profissionais também estão contra ele. Das Federações ‘aptas’ ainda, apenas a de Santa Catarina não se pronunciou. As outras, de fato, deveriam se pronunciar também“.

A petição virtual criada há poucos dias, agora mais reforçada do nunca, não requer apenas a saída da atual diretoria da CBSsurf, mas a moralização e a transparência das entidades envolvidas com o esporte no Brasil. Como sempre é lembrado, estamos em ano de Olimpíadas do Japão e o surf agora faz parte deste evento planetário.

Para acessar a petição clique aqui.

O movimento #Surfelivre confirmou a participação direta na Petição ‘Unidos Pelo Surf Brasileiro’, onde surfistas de todo Brasil podem participar deixando seu voto de indignação contra a atual gestão da Confederação Brasileira de Surf (CBS).

Representantes do movimento #Surfelivre, que já existe há cerca de um ano, confirmaram que buscaram essa união quando os imbróglios em relação a entidade começaram a se tomar públicas no cenário nacional do surf, somando-se a outros problemas ocorridos recentemente.

O movimento é formado por ex-surfistas profissionais, atletas da categoria Máster, e representantes de entidades ligadas ao surf, todos de vários estados do Brasil. A ideia do grupo é que todos possam compartilhar a insatisfação em relação ao problemas que vêm ocorrendo com a CBS nos últimos anos. A petição já conta com mais de 2 mil assinaturas.

Entre deles, Ricardo Tatuí, Jojó de Olivença, Sérgio Noronha, Dalmo Meirelles, Artur Gama, Hector Correia, Roni Ronaldo, Bruno Marujinho, Alex Willian, Anderson de Sá, Rodrigo Jorge, Robson Fraga, Danilo Costa, Alvaro Bacana, Tony Heard, Raphael Becker, Raoni Monteiro, fazem parte do movimento.

Saiba mais como no Flanboiar em podcast: Além do Spotify, você também pode ouvir o Surf de Mesa nas plataformas iTunes, Deezer e Spreaker.

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2 thoughts on “Petição Virtual do surf brasileiro conta com adesões de peso

  1. Precisamos de Transparência! Aparentemente os recursos para o desenvolvimento do Surf brasileiro não estão sendo bem administrados.
    Precisamos entender com clareza de onde vieram todos os recursos, ver quanto da receita foi investida em campeonatos e premiações para os atletas numa planilha aberta, expondo as despesas com viagem com custos de hospedagem, traslados, alimentação e passagem por pessoa, queremos ver a folha de pagamento de todo período,…
    Infelizmente temos muito pouco recurso se consideramos o momento do Brasil no cenário mundial do Surf, é muito fácil controlar tão pouca verba, pelo montante de dinheiro que imagino entrar na CBS não sobra quase nada para grandes ideias, treinamentos amplos contemplando todos os colaboradores, investimento em tecnologia para medição de performance e desenvolvimento dos atletas, reciclagens periódicas para os juízes, preparação física de ponta, etc.
    Com tão pouca verba precisamos de muita austeridade, políticas de viagem claras para os administradores, de uma administração meritocráticas que estimule os que se destacam e trazem resultado.
    Temos que focar no essencial! Nos nossos atletas! Ele são a nossa prioridade.

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