1º dia do QS 4000 de Imbituba encerrado com grandes disputas
A quinta feira (18) está reservada para estreia das principais estrelas do Circuito Banco do Brasil de Surf, que acontece na praia da Vila, em Imbituba, entre eles, Miguel e Samuel Pupo, Michael Rodrigues, Jadson André, João Chianca – o Chumbinho -, e Adriano de Souza. Expectativa para o início do primeiro round feminino, com Laura Raupp, Silvana Lima, Taina Hinckel e a peruana Daniela Rosas

Wiggolly Dantas. Circuito Banco Do Brasil, Imbituba. Foto: Marcio David.
O tão aguardado retorno de Imbituba aos eventos da World Surf League (WSL) aconteceu nesta quarta feira (17), onde na praia da Vila alguns dos melhores surfistas do país, da América Latina e do Mundo deram início as primeiras disputas pelo título do QS 4000 pontos que ao final da temporada 2025 dará a vaga aos melhores atletas profissionais para disputarem os evento Challenger Series (segunda divisão mundial).
A ação começou às 8h15 com a disputa do Round dos 96 masculino em um cenário típico da Praia da Vila: início de manhã chuvoso, seguido por sol à tarde e ondas desafiadoras quebrando com formação regular, predominantemente para a direita. A próxima chamada está programada para esta quinta-feira (18), às 7h30, com expectativa de início do Segundo Round masculino às 8h.
No masculino, entre os imbitubenses que disputam o evento, Patrick Platch e Walley Guimaraes foram os únicos classificados para o round dos 96 que acontece nesta quinta feira. Mesmo com uma interferência de remada, Walley conseguiu se manter na segunda colocação, teve sua segunda melhor nota cortada pela metade e sua melhor nota também foi a melhor da bateria, um 6,40.
Marco Giorgi arranca maior nota e maior somatório desta quarta-feira

O uruguaio radicado em Santa Catarina, Marco Giorgi (URU), foi o grande destaque desta quarta-feira no Round dos 96, ao conquistar a maior nota individual (8.5 pontos) e o maior somatório do dia (13.83 pontos) na bateria de número 12. A performance veio logo em sua primeira onda, com duas rasgadas potentes e uma finalização na junção, surfando de frente para a direita. Com uma apresentação sólida, Giorgi se mostrou confortável nas desafiadoras condições do mar, que ele comparou ao Havaí durante a entrevista para a transmissão oficial do evento após a vitória.
“É sempre difícil aqui, o campo é grande, a Vila exige da gente, mas as direitas estavam ali. Gosto desse tipo de surfe, de tirar a pranchinha maior do armário, às vezes até com teia de aranha (risos) e cair num mar assim”, conta o surfista que usou uma 6’1 round pin com boa litragem para manobras, e disse ter se sentido em casa: “A prancha está viva, bem no pé. De manhã ainda testei uma 6’3, porque o swell está grosso, meio atípico, mas se eu entrasse com essa prancha do dia a dia agora, ela sumiria nas ondas”.
Comparada à Haleiwa, ondulação de Imbituba desafia competidores no primeiro dia de janela

As condições desafiadoras do mar em Imbituba, com ondas volumosas, pressão e correnteza intensa, renderam comparações com picos clássicos do Havaí, como Haleiwa e Sunset Beach não só por Giorgi, mas por outros competidores. Surfistas acostumados a esse tipo de cenário levaram vantagem no primeiro dia de provas, como os locais de Saquarema Valentin Neves (BRA) e Rickson Falcão (BRA), respectivamente na primeira e terceira baterias do dia, além de Wiggolly Dantas (BRA), que usou sua experiência para avançar no segundo confronto.
“Eu estava ali dentro e pensava como parecia com Haleiwa. A correnteza forte exige muito, tem que estar com o físico em dia. Consegui uma boa onda no fim da bateria e garanti a classificação”, disse Wiggolly, que anotou a segunda maior nota da quarta-feira, uma 7.17, e mostrou mais uma vez sua consistência em mares pesados.

Já o estreante Luigi Wengrover (BRA), que disputa seu primeiro QS, brilhou com personalidade e saiu radiante do mar após conquistar a vitória no décimo quarto confronto, avançando junto com o argentino Nacho Gundesen (ARG) para a próxima fase.
“Quando deram o resultado final, eu nem acreditei que tinha passado em primeiro. Estou muito feliz mesmo. É meu primeiro QS e que evento, né? Que evento gigante!”, vibrou Wengrover. Para ele, as condições do mar também jogaram a favor: “Essa onda se encaixa com meu surfe. É uma onda com um pouquinho mais de tamanho, mais volume, mais pressão. Estou feliz em ter feito uma boa bateria e avançado”, finaliza.
Transmissões no portal Terra elevam o alcance do QS 4.000 para fãs em todo o Brasil

A WSL anunciou nesta terça-feira (16) uma parceria inédita com o Terra, que passa a ser o parceiro de mídia oficial do Circuito Banco do Brasil de Surfe em 2025. Para quem não pôde acompanhar in loco na Praia da Vila o QS 4.000, o streaming foi um dos grandes destaques do dia, oferecendo conteúdo relevante e de alta qualidade.
Entre uma bateria e outra, o ex-top da elite mundial e atual comentarista da WSL, Renan Rocha, relembrou momentos históricos de diferentes gerações do surfe brasileiro, das décadas de 70 e 80 até o recente título mundial de Yago Dora (BRA) em 2025, destacando também o protagonismo de Santa Catarina na construção desse legado.
A transmissão ainda levou os espectadores aos bastidores do evento, revelando a estrutura pensada para garantir o bem-estar dos atletas, com áreas dedicadas à fisioterapia, assistência médica, catering, espaço de descanso, vestiários, racks para pranchas e outros serviços exclusivos oferecidos pelo Circuito Banco do Brasil de Surfe.
Para acessar as baterias e a transmissão ao vivo do evento, basta clicar aqui.
Ações de conscientização ambiental movimentam a Praia da Vila

O primeiro dia da janela do evento também contou com uma programação paralela voltada ao bem-estar e à conscientização ambiental. A manhã começou com Clínica de Altinha e Aula de Funcional by BB Asset, além de uma ação especial conduzida pela SulGesso por meio do Projeto Imbé, iniciativa socioambiental que trabalha temas ligados à sustentabilidade com foco em crianças.
A atividade do dia abordou a conservação do butiá, planta nativa em risco de extinção. O projeto desenvolveu uma técnica inovadora que quebra a dormência das sementes, permitindo a germinação em até 60 dias — um processo que, na natureza, pode levar mais de dois anos. Durante as oficinas, também foram abordados temas como reciclagem, energia solar (por meio da oficina fotovoltaica), agricultura e cultivo de hortas em um viveiro modelo.
As crianças participam ativamente dessas experiências, em uma abordagem que acredita no poder transformador da educação ambiental desde a infância. Para a SulGesso, essa é uma forma concreta de retribuir à sociedade os recursos que dela recebe, promovendo impacto positivo e duradouro na região.
Fonte: PressFC assessoria WSL.