24 de novembro de 2024

Seleção brasileira já está escalada para o Margaret River Pro na Austrália

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Gabriel Medina está junto com Adriano de Souza na sexta bateria. Mais duas da primeira fase terão participação dupla do Brasil. Italo Ferreira entra na quinta com Jack Robinson e um convidado. Prazo começa no domingo na Austrália, noite do sábado no Brasil

JJ Florence Dunbar/WSL

Os melhores surfistas do mundo já atravessaram a “Ilha Continente” de costa a costa para competir nas outras duas etapas seguidas do World Surf League Championship Tour 2021 na região ocidental da Austrália. A seleção brasileira já está escalada para a primeira delas e Gabriel Medina vai vestir a lycra amarela de número 1 do mundo no Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona, que começa no domingo em Margaret River. Até agora, só deu Brasil na “perna australiana”. O atual campeão mundial, Italo Ferreira, ganhou a primeira em Newcastle e Medina venceu a segunda em Sidney, onde Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã e subiu para o terceiro lugar no ranking das três etapas já disputadas.  

Esse é um ano especial para o surfe, que vai estrear como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio em julho no Japão. No momento, o ranking da World Surf League está projetando uma disputa por medalhas entre Brasil e Estados Unidos. Tatiana está abaixo das duas surfistas do time norte-americano, Carissa Moore e Caroline Marks. Entre os homens, o Brasil encabeça o ranking com Medina em primeiro e Italo em segundo, seguidos pelo havaiano John John Florence campeão da última etapa de Margaret River em 2019 e por outro classificado para as Olimpíadas, o japonês Kanoa Igarashi.  

Italo Ferreira e Gabriel Medina no pódio brasileiro em Newcastle Foto: Matt Dunbar/WSL

No Boost Mobile Margaret River Pro, Gabriel Medina volta a vestir a lycra amarela de número 1 do mundo em um dos três confrontos com participação dupla do Brasil na primeira fase. Ele está na sexta bateria junto com o capitão da seleção brasileira, Adriano de Souza, que possui o melhor índice de aproveitamento nas ondas de power havaiano de Main Break e The Box. Mineirinho ganhou 52,4% dos pontos disputados nas quatro vezes que competiu em Margaret River, sendo o único a vencer esta etapa derrotando John John Florence na final em 2015, ano que conquistou o título mundial.

Adriano já anunciou que está encerrando a carreira nesta sua 15.a temporada seguida na elite dos melhores do mundo, sendo um dos poucos a ter vantagem no confronto direto com Medina em baterias do WSL Championship Tour. Ele superou o bicampeão mundial em oito das treze vezes que se enfrentaram, mas Gabriel vem diminuindo a desvantagem este ano, derrotando-o na primeira fase do Billabong Pipe Masters no Havaí e nas quartas de final do Rip Curl Newcastle Cup apresentado pela Corona que abriu a “perna australiana”.

O terceiro adversário deles é um dos convidados do Boost Mobile Margaret River Pro, Cyrus Cox. O outro é Jacob Willcox, que completa a quinta bateria, do Italo Ferreira e do australiano Jack Robinson. As outras duas baterias que terão dois brasileiros disputando duas vagas diretas para a terceira fase são a segunda e a 12.a e última da rodada inicial, que não é eliminatória. Os últimos colocados de cada confronto, tanto na categoria masculina como na feminina, têm outra chance de classificação na repescagem. 

Na segunda, Filipe Toledo e Peterson Crisanto enfrentam Connor O´Leary. E na última, Yago Dora e Caio Ibelli estreiam contra o também australiano, Ethan Ewing. Os outros brasileiros competirão com dois surfistas de países diferentes. Alex Ribeiro está na primeira bateria com o japonês Kanoa Igarashi e o havaiano Seth Moniz. Na quarta, entra Jadson André com o sul-africano Jordy Smith e o australiano Reef Heazlewood.

Na sequência estreiam os campeões mundiais da seleção brasileira. O defensor do título, Italo Ferreira, está na quinta bateria e na sexta entram o novo líder Gabriel Medina e Adriano de Souza. Depois, tem Miguel Pupo na décima com o português Frederico Morais e o australiano Julian Wilson, além de Deivid Silva na 11.a e penúltima com o francês Jeremy Flores e o australiano Owen Wright. Na última, estão Yago Dora e Caio Ibelli com Ethan Ewing.

CATEGORIA FEMININA – Entre as mulheres, a única surfista da seleção brasileira é a gaúcha Tatiana Weston-Webb, que foi vice-campeã na última etapa do WSL Championship Tour disputada em Margaret River em 2019, vencida por Lakey Peterson. A norte-americana não vai defender o título porque se contundiu antes da etapa passada, em Sidney, onde Tatiana também foi vice-campeã e reassumiu a terceira posição no ranking. 

Sally Fitzgibbons. Foto: Cestari/WSL

A decisão do Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona em Sidney contra a californiana Caroline Marks, valia a vice-liderança no CT 2021, que permaneceu com a havaiana Carissa Moore na frente. Tatiana foi escalada na primeira bateria do Boost Mobile Margaret River Pro com duas australianas, Keely Andrew e Macy Callaghan

RIP CURL WSL FINALS – A batalha principal esse ano é por um lugar no grupo das top-5 que vai disputar o título mundial da temporada no Rip Curl WSL Finals, em setembro nas ondas de alta performance de Lower Trestles, na Califórnia, Estados Unidos. O caminho para a decisão passa por nove etapas e serão computados os sete melhores resultados. A “perna australiana” com quatro eventos seguidos, é fundamental nesta briga pelas cinco vagas.

Após as três primeiras etapas, as que estão se classificando são as norte-americanas Carissa Moore e Caroline Marks, a brasileira Tatiana Weston-Webb em terceiro lugar e as australianas Tyler Wright e Stephanie Gilmore. Entre os homens, o Brasil encabeça o ranking com Gabriel Medina em primeiro e Italo Ferreira em segundo lugar, seguidos pelo havaiano John John Florence e o japonês Kanoa Igarashi dividindo a quarta posição com o norte-americano Conner Coffin, finalista na vitória de Medina no Rip Curl Narrabeen Classic em Sidney.

PERNA AUSTRALIANA – As quatro etapas da nova “perna australiana” são apresentadas pela Corona. O Rip Curl Newcastle Cup terminou com Italo Ferreira ganhando a decisão brasileira com Gabriel Medina. No Rip Curl Narrabeen Classic em Sidney, Gabriel Medina deu um show na final com Conner Coffin e Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã contra Caroline Marks. As outras serão na região de West Australia, o Boost Mobile Margaret River Pro de 02 a 12 de maio em Margaret River e o Rip Curl Rottnest Search de 16 a 26 de maio em Rottnest Island. 

O Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona será transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil. Fiquem atentos no horário, pois a manhã do domingo em Margaret River será noite do sábado no Brasil.

PRIMEIRA FASE DO BOOST MOBILE MARGARET RIVER PRO: 

CATEGORIA MASCULINA – 1.o e 2.o=Terceira Fase / 3.o=Segunda Fase: 
1.a: Kanoa Igarashi (JPN), Seth Moniz (EUA), Alex Ribeiro (BRA)
2.a: Filipe Toledo (BRA), Peterson Crisanto (BRA), Connor O´Leary (AUS)
3.a: John John Florence (EUA), Michel Bourez (FRA), Mikey Wright (AUS)
4.a: Jordy Smith (AFR), Jadson André (BRA), Reef Heazlewood (AUS)
5.a: Italo Ferreira (BRA), Jack Robinson (AUS), Jacob Willcox (AUS)
6.a: Gabriel Medina (BRA), Adriano de Souza (BRA), Cyrus Cox (AUS)
7.a: Conner Coffin (EUA), Wade Carmichael (AUS), Matthew McGillivray (AFR)
8.a: Griffin Colapinto (EUA), Jack Freestone (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)
9.a: Ryan Callinan (AUS), Morgan Cibilic (AUS), Adrian Buchan (AUS)
10.a: Frederico Morais (PRT), Julian Wilson (AUS), Miguel Pupo (BRA)
11.a: Jeremy Flores (FRA), Owen Wright (AUS), Deivid Silva (BRA)
12.a: Yago Dora (BRA), Caio Ibelli (BRA), Ethan Ewing (AUS)

CATEGORIA FEMININA – 1.a e 2.a=Oitavas de Final / 3.a=Segunda Fase:
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA), Keely Andrew (AUS), Macy Callaghan (AUS)
2.a: Caroline Marks (EUA), Malia Manuel (EUA), Amuro Tsuzuki (JPN)
3.a: Carissa Moore (EUA), Nikki Van Dijk (AUS), Willow Hardy (AUS)
4.a: Stephanie Gilmore (AUS), Isabella Nichols (AUS), Brisa Hennessy (CRI)
5.a: Sally Fitzgibbons (AUS), Tyler Wright (AUS), Sage Erickson (EUA)
6.a: Courtney Conlogue (EUA), Johanne Defay (FRA), Bronte Macaulay (AUS)

TOP-10 DO RANKING 2021 DA WORLD SURF LEAGUE – após 3 etapas:
1.o- Gabriel Medina (BRA)
 – 25.600 pontos
2.o- Italo Ferreira (BRA) – 19.405
3.o- John John Florence (EUA) – 14.650
4.o- Kanoa Igarashi (JPN) – 12.810
4.o- Conner Coffin (EUA) – 12.810
6.o- Morgan Cibilic (AUS) – 12.160
7.o- Jordy Smith (AFR) – 11.385
8.o- Filipe Toledo (BRA) – 10.735
8.o- Griffin Colapinto (EUA) – 10.735
8.o- Frederico Morais (PRT) – 10.735
———–outros brasileiros:
11.o- Yago Dora (BRA) – 9.395 pontos
13.o- Caio Ibelli (BRA) – 7.970
15.o- Deivid Silva (BRA) – 7.405
18.o- Jadson André (BRA) – 6.905
20.o- Adriano de Souza (BRA) – 6.340
22.o- Peterson Crisanto (BRA) – 5.980
22.o- Miguel Pupo (BRA) – 5.980
32.o- Alex Ribeiro (BRA) – 2.925

TOP-10 DO RANKING FEMININO DA WORLD SURF LEAGUE:
1.a- Carissa Moore (EUA) – 23.885 pontos
2.a- Caroline Marks (EUA) – 18.695
3.a- Tatiana Weston-Webb (BRA) – 16.495
4.a- Tyler Wright (AUS) – 15.220
5.a- Stephanie Gilmore (AUS) – 14.235
6.a- Sally Fitzgibbons (AUS) – 13.440
6.a- Courtney Conlogue (EUA) – 13.440
8.a- Johanne Defay (FRA) – 12.100
9.a- Keely Andrew (AUS) – 11.875
10.a- Isabella Nichols (AUS) – 11.455

Fonte: João Carvalho – WSL Latin America Media Manager

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