19 de setembro de 2025

Imbitubenses chegam ao round dos 16 melhores surfistas do QS4000 em Imbituba e Patrick Plachi conversa com o Surfemais

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Patrick Plachi avança para o round dos 16 melhores surfistas e chega perto de um de seus melhores resultados já conquistados até então, bem como por um imbitubense no circuito Qualifiyng Series (QS) da WSL. Da mesma forma, Luiza Rosa Teixeira e Alma Corgiolu estrearam com classificação e resultado inédito também no feminino. O Surfemais conversou com Patrick nesta sexta feira (19) que contou um pouco de sua trajetória no surf e sobre o resultado conquistado até agora em Imbituba

Patrick Plachi voando alto no QS 4000 da praia da Vila, em Imbituba. Foto: Márcio David/WSLBrasil.

O imbitubense Patrick Pachi – @liktriks – conseguiu nesta sexta feira (19) a classificação para o round dos 16 melhores surfistas ao vencer, nada menos que o Campeão Mundial de Surf de 2015, Adriano de Souza, e Lucas Silveira, sério candidato a chegar a primeira divisão do surf mundial da World Surf League (WSL). Ao se classificar junto com outro catarinense, Heitor Muller, Patrick conseguiu um feito inédito para o surf Imbitubense na era WSL.

As imbitubenses, Luiza Rosa Teixeira e Alma Corgiolu, também avançaram na estreia da categoria Feminino. Luiza se classificou junto com Sophia Gonçalves e Alma, junto com a peruana Catalina Zariquiey. E no round das 16 melhores surfistas no feminino, Luiza enfrentará nada menos que uma das melhores competidoras brasileiras, Silvana Lima, Laura Raupp, uma das melhores surfistas catarinenses e a argentina, Vera Jarisz. Já Alma enfrentará Taina Hinckel, Carol Ribeiro e Alexia Monteiro.

Patrick Pachi já nasceu surfando

O surfista da praia do Rosa, em Imbituba, contou ao Surfemais que surfa, praticamente, desde quando nasceu, “porque meus pais já surfavam e sempre me levavam pro mar, e também por influência do meu irmão e da minha irmã, que são mais velhos e já tavam surfando também. O foco nas competições veio um pouco mais tarde, ali pelos 13 anos, quando eu comecei a levar o surf mais a sério“.

Tão a sério que a evolução veio sob medida. “Foi nessa época que eu realmente entrei de cabeça, queria tá no mar todo dia, competir, viajar pra pegar onda diferente, sempre buscando evoluir. Passei praticamente toda minha adolescência muito focado nisso, sempre pensando no próximo campeonato e em como melhorar meu surf“.

Consegui alguns resultados em catarinenses amadores e, quando completei 18 anos, já comecei a competir na profissional. Fui meio que direto pros eventos da WSL e pro Brasileiro Pro, porque o foco principal era a classificação nesses dois rankings. Em 2022 fiquei em 9º lugar no Brasileiro Profissional na Praia Mole, e em 2023 fiz dois 5º lugares no circuito Banco do Brasil, um na Praia da Ferrugem e outro no Rio de Janeiro“, comentou Patrick.

Uma pausa com sabedoria para voltar com tudo: “e a aí em 2024 eu decidi dar uma pausa na carreira, porque comecei a sentir que tava perdendo aquela vontade de estar em todos os campeonatos e, às vezes, até de ir surfar. E como isso já não tava me fazendo tão bem, preferi focar mais no freesurf, pra lembrar o quanto eu realmente gosto desse esporte“, contou Patrick.

Sobra a bateria desta sexta feira, com dois atletas de ponta – Adriano de Souza e Lucas Silveira – e uma das maiores revelações do surf catarinense nos últimos anos, Heitor Muller, Patrick contou como foi a sensação de passar essa bateria e deixar Lucas e Mineirinho pelo caminho:

Então, desde que eu dei essa pausa nas competições eu tirei um peso das costas, sabe? Não fico mais naquela pressão de ter que fazer resultado, só deixo rolar mesmo. Entro na bateria como se fosse um freesurf, e acho que é o jeito mais fácil de ficar tranquilo na hora de competir contra esses caras. Até porque eu cresci vendo eles surfarem, sempre acompanhei, sei bem o nível que eles têm e como competem. Então tô muito feliz de ter conseguido avançar numa bateria tão difícil“.

A bateria de Patrick será a primeira do round dos 16, e ele terá mais três ‘pedreiras’ pela frente, Jadson André, Cauã Costa e Mateus Herdy. Ao Surfemais ele contou está sendo a preparação psicológica para tentar chegar as quartas de final, e pelo que surfou até agora, as chances são reais de classificação já não sendo mais azarão ou a zebra do evento.

Vou tratar essa bateria da mesma forma que eu disse antes, sem o peso de ter que ganhar, vou entrar e tentar fazer o que eu mais gosto. Claro que é uma bateria sinistra, os cara surfam muito, mas acho que as chances são iguais pra todos. E pelas notas que eu já consegui no campeonato e pelo que eu tô surfando, acho que eu tenho chances sim. Mas não fico pensando se sou azarão ou favorito, só quero entrar, fazer meu surf e me divertir. Se vier a classificação pras quartas, vai ser consequência desse trabalho“.

A próxima chamada para o QS4000 da praia da Vila, em Imbituba, está programada para este sábado (20), às 8h30, para possível início às 9h.

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