18 de abril de 2024

Barco de pesca é incendiado na praia do Rosa

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Temporada da Tainha: Em noite e madrugada tensa, pescadores da praia do Rosa, em Imbituba, são surpreendidos. e tem canoa e rede de pesca incendiadas. Ainda sem suspeitos, incidente pode ser investigado.

Canoa de pesca da tainha incendiada na praia do Rosa, em Imbituba. Foto: Anderson Teixeira/Redes sociais.

A noite de uma das praias mais badaladas do sul do país, pescadores da praia do Rosa, em Imbituba, foram acordados por um incêndio em um barco de pesca, que estava na beira da praia, preparado para ser acionado caso um cardume de tainhas chegasse a praia. Apesar do incidente não ter ainda uma explicação nem suspeitos, imagens de câmeras de segurança no local podem ser analisadas.

A temporada da tainha, que teve início no último dia 1º de maio, começou mais um vez tensa entre surfistas e pescadores no local, já nos dois primeiros dias de pesca, quando surfistas invadiram o Canto Sul da praia. Ato foi considerado um desrespeito a tradição local que já dura décadas, segundo os pescadores.

Feriado atrai turistas de surfistas para a praia do Rosa. Incidente ocorreu no sábado a noite.

Barco e rede de pesca incendiada na praia do Rosa, em Imbituba. Foto: Anderson Teixeira/redes sociais.

O final de semana com feriado na sexta feira (1º), dia do Trabalho, atraiu novamente uma legião de surfistas e turistas para a praia, mesmo com a disponibilidade das pousadas reduzidas a 50% da capacidade, determinadas pelo Decreto Municipal da Prefeitura de Imbituba, relacionado as medidas de prevenção contra o Covid-19.

Segundo os pescadores, por volta da 23:00 horas deste sábado (02), uma das canoas de pesca que estavam na beira da praia, devidamente posicionada para entrar no mar e fazer o cerco de tainhas foi, possivelmente, incendiada criminosamente. Dentro dela, uma enorme rede de pesca que é utilizada para o cerco.

No local, um forte cheiro de óleo diesel, aumentou a suspeita dos pescadores que, realmente o incêndio pode ter sido provocado. Ainda, segundo informações apuradas pelo Surfemais, pescadores e comerciantes do canto sul da praia do Rosa, conseguiram apagar o fogo com areia, minimizando os danos ao barco, que ainda assim, precisará de reparos.

A rede ficou inutilizada em, aproximadamente, 50%, e com início da temporada de pesca já evidente, os responsáveis pela rede decidiram tentar adquirir uma rede nova para continuar trabalhando. Na manhã deste domingo (03), moradores da praia do Rosa ficaram estupefatos com o ocorrido, ao ver as imagens publicadas nas redes sociais.

Pescadores pedem calma e tranquilidade. Reunião será marcada em breve

Alguns dos pescadores mais antigos da praia do Rosa, envolvidos há décadas com a pesca artesanal, pediram calma e tranquilidade neste momento, para que sejam apurados os fatos. Apesar disso, no momento não é o pensamento geral no local. Sem suspeitos ainda, a duvida que ainda paira sobre a praia, são os motivos desse incidente.

Uma reunião entre pescadores e sufistas na praia do Rosa, que já vinha sendo prevista para esta semana, ganhou força para tentar resolver a situação. Mesmo tendo boa parte da praia livre para a prática do surf – do canto norte até o meio da praia -, alguns surfistas acabam não respeitando a faixa determinada quando há boa ondulação e o vento sul sopra, condição ideal aquele local, mas, também, a mesma condição é perfeita para os cardumes de tainha encostarem na praia.

A ideia deste novo encontro é para se conscientizar a todos, surfistas, pescadores, entidades ligadas ao esporte ou não, donos de pousadas, turistas e frequentadores da praia do Rosa, sobre a importância em se manter a tradição da pesca nesta época do ano, e o consentimento entre pescadores e surfistas de que todos podem dividir o local sem problemas.

Para isso, o sistema de bandeiramento criado há algumas décadas na praia da Vila, em Imbituba – publicação do Surfemais no dia 02 -, estendido a outras praias da região, pode ser, efetivamente, aplicado e respeitado por ambos os envolvidos. Confusões, brigas, invasões, só irão gerar mais desrespeito, e uma forte campanha de conscientização para tanto, pode e precisa ser feita.

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