Seleção brasileira já está escalada para o Margaret River Pro na Austrália
Gabriel Medina está junto com Adriano de Souza na sexta bateria. Mais duas da primeira fase terão participação dupla do Brasil. Italo Ferreira entra na quinta com Jack Robinson e um convidado. Prazo começa no domingo na Austrália, noite do sábado no Brasil
Os melhores surfistas do mundo já atravessaram a “Ilha Continente” de costa a costa para competir nas outras duas etapas seguidas do World Surf League Championship Tour 2021 na região ocidental da Austrália. A seleção brasileira já está escalada para a primeira delas e Gabriel Medina vai vestir a lycra amarela de número 1 do mundo no Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona, que começa no domingo em Margaret River. Até agora, só deu Brasil na “perna australiana”. O atual campeão mundial, Italo Ferreira, ganhou a primeira em Newcastle e Medina venceu a segunda em Sidney, onde Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã e subiu para o terceiro lugar no ranking das três etapas já disputadas.
Esse é um ano especial para o surfe, que vai estrear como modalidade olímpica nos Jogos de Tóquio em julho no Japão. No momento, o ranking da World Surf League está projetando uma disputa por medalhas entre Brasil e Estados Unidos. Tatiana está abaixo das duas surfistas do time norte-americano, Carissa Moore e Caroline Marks. Entre os homens, o Brasil encabeça o ranking com Medina em primeiro e Italo em segundo, seguidos pelo havaiano John John Florence campeão da última etapa de Margaret River em 2019 e por outro classificado para as Olimpíadas, o japonês Kanoa Igarashi.
No Boost Mobile Margaret River Pro, Gabriel Medina volta a vestir a lycra amarela de número 1 do mundo em um dos três confrontos com participação dupla do Brasil na primeira fase. Ele está na sexta bateria junto com o capitão da seleção brasileira, Adriano de Souza, que possui o melhor índice de aproveitamento nas ondas de power havaiano de Main Break e The Box. Mineirinho ganhou 52,4% dos pontos disputados nas quatro vezes que competiu em Margaret River, sendo o único a vencer esta etapa derrotando John John Florence na final em 2015, ano que conquistou o título mundial.
Adriano já anunciou que está encerrando a carreira nesta sua 15.a temporada seguida na elite dos melhores do mundo, sendo um dos poucos a ter vantagem no confronto direto com Medina em baterias do WSL Championship Tour. Ele superou o bicampeão mundial em oito das treze vezes que se enfrentaram, mas Gabriel vem diminuindo a desvantagem este ano, derrotando-o na primeira fase do Billabong Pipe Masters no Havaí e nas quartas de final do Rip Curl Newcastle Cup apresentado pela Corona que abriu a “perna australiana”.
O terceiro adversário deles é um dos convidados do Boost Mobile Margaret River Pro, Cyrus Cox. O outro é Jacob Willcox, que completa a quinta bateria, do Italo Ferreira e do australiano Jack Robinson. As outras duas baterias que terão dois brasileiros disputando duas vagas diretas para a terceira fase são a segunda e a 12.a e última da rodada inicial, que não é eliminatória. Os últimos colocados de cada confronto, tanto na categoria masculina como na feminina, têm outra chance de classificação na repescagem.
Na segunda, Filipe Toledo e Peterson Crisanto enfrentam Connor O´Leary. E na última, Yago Dora e Caio Ibelli estreiam contra o também australiano, Ethan Ewing. Os outros brasileiros competirão com dois surfistas de países diferentes. Alex Ribeiro está na primeira bateria com o japonês Kanoa Igarashi e o havaiano Seth Moniz. Na quarta, entra Jadson André com o sul-africano Jordy Smith e o australiano Reef Heazlewood.
Na sequência estreiam os campeões mundiais da seleção brasileira. O defensor do título, Italo Ferreira, está na quinta bateria e na sexta entram o novo líder Gabriel Medina e Adriano de Souza. Depois, tem Miguel Pupo na décima com o português Frederico Morais e o australiano Julian Wilson, além de Deivid Silva na 11.a e penúltima com o francês Jeremy Flores e o australiano Owen Wright. Na última, estão Yago Dora e Caio Ibelli com Ethan Ewing.
CATEGORIA FEMININA – Entre as mulheres, a única surfista da seleção brasileira é a gaúcha Tatiana Weston-Webb, que foi vice-campeã na última etapa do WSL Championship Tour disputada em Margaret River em 2019, vencida por Lakey Peterson. A norte-americana não vai defender o título porque se contundiu antes da etapa passada, em Sidney, onde Tatiana também foi vice-campeã e reassumiu a terceira posição no ranking.
A decisão do Rip Curl Narrabeen Classic apresentado pela Corona em Sidney contra a californiana Caroline Marks, valia a vice-liderança no CT 2021, que permaneceu com a havaiana Carissa Moore na frente. Tatiana foi escalada na primeira bateria do Boost Mobile Margaret River Pro com duas australianas, Keely Andrew e Macy Callaghan.
RIP CURL WSL FINALS – A batalha principal esse ano é por um lugar no grupo das top-5 que vai disputar o título mundial da temporada no Rip Curl WSL Finals, em setembro nas ondas de alta performance de Lower Trestles, na Califórnia, Estados Unidos. O caminho para a decisão passa por nove etapas e serão computados os sete melhores resultados. A “perna australiana” com quatro eventos seguidos, é fundamental nesta briga pelas cinco vagas.
Após as três primeiras etapas, as que estão se classificando são as norte-americanas Carissa Moore e Caroline Marks, a brasileira Tatiana Weston-Webb em terceiro lugar e as australianas Tyler Wright e Stephanie Gilmore. Entre os homens, o Brasil encabeça o ranking com Gabriel Medina em primeiro e Italo Ferreira em segundo lugar, seguidos pelo havaiano John John Florence e o japonês Kanoa Igarashi dividindo a quarta posição com o norte-americano Conner Coffin, finalista na vitória de Medina no Rip Curl Narrabeen Classic em Sidney.
PERNA AUSTRALIANA – As quatro etapas da nova “perna australiana” são apresentadas pela Corona. O Rip Curl Newcastle Cup terminou com Italo Ferreira ganhando a decisão brasileira com Gabriel Medina. No Rip Curl Narrabeen Classic em Sidney, Gabriel Medina deu um show na final com Conner Coffin e Tatiana Weston-Webb foi vice-campeã contra Caroline Marks. As outras serão na região de West Australia, o Boost Mobile Margaret River Pro de 02 a 12 de maio em Margaret River e o Rip Curl Rottnest Search de 16 a 26 de maio em Rottnest Island.
O Boost Mobile Margaret River Pro apresentado pela Corona será transmitido ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil. Fiquem atentos no horário, pois a manhã do domingo em Margaret River será noite do sábado no Brasil.
PRIMEIRA FASE DO BOOST MOBILE MARGARET RIVER PRO:
CATEGORIA MASCULINA – 1.o e 2.o=Terceira Fase / 3.o=Segunda Fase:
1.a: Kanoa Igarashi (JPN), Seth Moniz (EUA), Alex Ribeiro (BRA)
2.a: Filipe Toledo (BRA), Peterson Crisanto (BRA), Connor O´Leary (AUS)
3.a: John John Florence (EUA), Michel Bourez (FRA), Mikey Wright (AUS)
4.a: Jordy Smith (AFR), Jadson André (BRA), Reef Heazlewood (AUS)
5.a: Italo Ferreira (BRA), Jack Robinson (AUS), Jacob Willcox (AUS)
6.a: Gabriel Medina (BRA), Adriano de Souza (BRA), Cyrus Cox (AUS)
7.a: Conner Coffin (EUA), Wade Carmichael (AUS), Matthew McGillivray (AFR)
8.a: Griffin Colapinto (EUA), Jack Freestone (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)
9.a: Ryan Callinan (AUS), Morgan Cibilic (AUS), Adrian Buchan (AUS)
10.a: Frederico Morais (PRT), Julian Wilson (AUS), Miguel Pupo (BRA)
11.a: Jeremy Flores (FRA), Owen Wright (AUS), Deivid Silva (BRA)
12.a: Yago Dora (BRA), Caio Ibelli (BRA), Ethan Ewing (AUS)
CATEGORIA FEMININA – 1.a e 2.a=Oitavas de Final / 3.a=Segunda Fase:
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA), Keely Andrew (AUS), Macy Callaghan (AUS)
2.a: Caroline Marks (EUA), Malia Manuel (EUA), Amuro Tsuzuki (JPN)
3.a: Carissa Moore (EUA), Nikki Van Dijk (AUS), Willow Hardy (AUS)
4.a: Stephanie Gilmore (AUS), Isabella Nichols (AUS), Brisa Hennessy (CRI)
5.a: Sally Fitzgibbons (AUS), Tyler Wright (AUS), Sage Erickson (EUA)
6.a: Courtney Conlogue (EUA), Johanne Defay (FRA), Bronte Macaulay (AUS)
TOP-10 DO RANKING 2021 DA WORLD SURF LEAGUE – após 3 etapas:
1.o- Gabriel Medina (BRA) – 25.600 pontos
2.o- Italo Ferreira (BRA) – 19.405
3.o- John John Florence (EUA) – 14.650
4.o- Kanoa Igarashi (JPN) – 12.810
4.o- Conner Coffin (EUA) – 12.810
6.o- Morgan Cibilic (AUS) – 12.160
7.o- Jordy Smith (AFR) – 11.385
8.o- Filipe Toledo (BRA) – 10.735
8.o- Griffin Colapinto (EUA) – 10.735
8.o- Frederico Morais (PRT) – 10.735
———–outros brasileiros:
11.o- Yago Dora (BRA) – 9.395 pontos
13.o- Caio Ibelli (BRA) – 7.970
15.o- Deivid Silva (BRA) – 7.405
18.o- Jadson André (BRA) – 6.905
20.o- Adriano de Souza (BRA) – 6.340
22.o- Peterson Crisanto (BRA) – 5.980
22.o- Miguel Pupo (BRA) – 5.980
32.o- Alex Ribeiro (BRA) – 2.925
TOP-10 DO RANKING FEMININO DA WORLD SURF LEAGUE:
1.a- Carissa Moore (EUA) – 23.885 pontos
2.a- Caroline Marks (EUA) – 18.695
3.a- Tatiana Weston-Webb (BRA) – 16.495
4.a- Tyler Wright (AUS) – 15.220
5.a- Stephanie Gilmore (AUS) – 14.235
6.a- Sally Fitzgibbons (AUS) – 13.440
6.a- Courtney Conlogue (EUA) – 13.440
8.a- Johanne Defay (FRA) – 12.100
9.a- Keely Andrew (AUS) – 11.875
10.a- Isabella Nichols (AUS) – 11.455
Fonte: João Carvalho – WSL Latin America Media Manager