21 de novembro de 2024

Wiggolly Dantas vence final com três brasileiros no Volcom Pipe Pro

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Os brasileiros voltaram a reinar no maior palco do esporte no Havaí. Em dezembro, Italo Ferreira conquistou o título mundial definido na final com Gabriel Medina no Billabong Pipe Masters. Agora, veio a primeira vitória verde-amarela no Volcom Pipe Pro, com Wiggolly Dantas decidindo o título do QS 5000 com mais dois brasileiros neste sábado em Pipeline.

Wiggolly Dantas, João Chianca, Yago Dora e Seth Moniz. Foto: Keoki Saguibo WSL

João Chianca ficou em segundo lugar e Yago Dora em terceiro, em mais uma final histórica no Havaí. Agora, todos partem da ilha de Oahu para a de Fernando de Noronha, para disputar o título do Oi Hang Loose Pro Contest na próxima semana, 11 a 16 de fevereiro na Cacimba do Padre.

“Eu estou muito feliz, pois há muitos anos o meu objetivo era vencer um evento aqui em Pipeline”, disse Wiggolly Dantas. “Estou me sentindo um pouco cansado, mas muito feliz pela vitória. Essa onda é muito especial para mim e é um prazer estar aqui, competindo, surfando bons tubos, fazendo grandes manobras também e ser campeão aqui era um sonho. Eu queria muito vencer aqui nesse lugar incrível e estou muito feliz por começar o ano assim”.

Três brasileiros na grande final em Pipe

Wiggolly Dantas. Foto: Tony Heff/WSL

Para os quatro finalistas, o Volcom Pipe Pro era a estreia deles na temporada e Wiggolly começa o ano na vice-liderança do WSL Qualifying Series. João Chianca, irmão mais jovem do big-rider Lucas Chumbo, inicia em sexto lugar no ranking, empatado com Alonso Correa e outro peruano é o quinto colocado, Lucca Mesinas. Yago Dora está em 11.o lugar, na porta de entrada do grupo dos dez primeiros que se classificam para a elite dos top-34 da World Surf League.

Essa é a segunda vez que Wiggolly Dantas decide o título do Volcom Pipe Pro, em nove participações. A primeira foi em 2014, quando perdeu para o Mr. Pipeline, Kelly Slater. Ele fez parte da elite do CT até 2017 e viaja para surfar no Havaí há mais de vinte anos, então era uma questão de tempo para o seu nome aparecer na Galeria dos Campeões em Pipeline. O evento todo foi realizado em quatro dias seguidos de muitos tubos e ondas desafiadoras, tanto nas esquerdas de Pipeline, como nas direitas do Backdoor.

No sábado, as condições estavam mais difíceis para tubos e outras manobras foram utilizadas nas baterias, desde as oitavas de final que abriram o último dia. Na grande final, Wiggolly escolheu bem sua primeira onda, uma direita no Backdoor para mostrar seu backhand com batidas verticais e fortes rasgadas abrindo grandes leques de água. Os juízes deram nota 8,00 e ela acabou decidindo a vitória, porque ninguém conseguia achar boas ondas para surfar. Wiggolly só teve mais duas chances e conseguiu 2,03 na última para vencer o Volcom Pipe Pro por 10,03 pontos.

“Cada onda que você pega aqui em Pipeline é um momento especial”, disse Wiggolly Dantas. “Aqui você pode surfar a melhor onda da sua vida ou ter o maior ‘wipe out’ (queda) da sua vida. Eu venho aqui há pelo menos 25 anos e sempre quis vencer um evento aqui. Já fiquei em segundo uma vez, já fiquei nas semifinais, já perdi nas quartas, mas sempre acreditei, então esse era o ano para tentar ganhar este evento e estou muito feliz por ter conseguido”.

João Chianca e Yago Dora arrancam forte em 2020

João Chianca; Foto: Keoki Saguibo/WSL

O saquaremense João Chianca foi campeão sul-americano da WSL Latin America no ano passado e competia pela primeira vez em Pipeline. Ele somou notas 4,00 e 3,83 para ficar em segundo lugar com 7,83 pontos, contra 6,30 do catarinense Yago Dora e 5,17 do havaiano Seth Moniz. A vitória valeu 5.000 pontos para Wiggolly Dantas, que divide a vice-liderança do ranking com o americano Nat Young, campeão do QS 5000 de Marrocos na quinta-feira. O líder é o japonês Shun Murakami, que venceu o QS 5000 da China e marcou 330 pontos no Havaí.

O peruano Lucca Mesinas caiu do terceiro para o quinto lugar e seu compatriota, Alonso Correa, vice-campeão em Marrocos, está em sexto empatado com o vice-campeão em Pipeline, João Chianca. Esses são os quatro sul-americanos que estão na lista dos dez surfistas que se classificam para a elite dos top-34 da World Surf League pelo Qualifying Series, após esta quinta etapa encerrada no sábado com mais uma festa brasileira no pódio em Pipeline.

SUL-AMERICANOS – Outros países da América do Sul também foram bem representados no Volcom Pipe Pro esse ano. O argentino Leandro Usuna foi até as semifinais e ficou em quinto lugar , sendo barrado por Wiggolly Dantas e Yago Dora na primeira bateria. Na segunda, João Chianca impediu uma dobradinha havaiana dos irmãos Moniz, derrotando os dois. O top do CT, Seth, acabou ganhando a briga pela última vaga do Joshua, que está fechando o G-10 do QS no momento, somando os pontos do 17.o lugar no QS 5000 da China.

Leandro Usuna Foto: Keoki Saguibo/WSL

Antes das semifinais, o argentino Leandro Usuna já tinha passado duas baterias com três sul-americanos disputando duas vagas no sábado. Nas quartas de final, ele venceu e Yago Dora passou em segundo, com o peruano Cristobal de Col sendo eliminado em 13.o lugar. Nas oitavas de final que abriram o último dia, Lele Usuna derrotou o carioca Jeronimo Vargas na disputa pelo segundo lugar no confronto vencido pelo campeão, Wiggolly Dantas. O uruguaio Marco Giorgi também ficou nessa fase, perdendo na primeira bateria do dia, que já começou com vitória brasileira de Yago Dora.

Fonte: João Carvalho – WSL Latin America Media Manager

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