Surfe no Brasil agora tem novo comando e ótimas perspectivas olímpicas
Nesta semana que passou, a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) elegeu nova gestão, após tumulto que durou cerca de, no mínimo, 3 anos. O catarinense Bi Campeão Mundial de Surf, Flávio Teco Padaratz, assumiu a entidade após eventos judiciais e um pedido de boa parte dos surfistas nacionais, entre eles, lendas do esporte nacional
O catarinense Flávio Teco Padaratz tomou um cansaço para conseguir que a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) realizasse as eleições para nova diretoria, com um mínimo de exatidão e seriedade, segundo eles. O imbróglio que se arrasta desde 2020 quando a entidade deveria ter realizado eleições com participação de outras chapas.
Como vinha ocorrendo nos últimos anos, a chapa de situação era reconduzida ao cargo, e os protestos contra este movimento começaram a ganhar força no país. Desde quando as lendas do surf nacional, o paulista, Picuruta Salazar e o carioca Raoni Monteiro, ganharam as principais mídias do Brasil, soltando o verbo contra entidade e seu presidente, Adalvo Argolo, o número de pessoas insatisfeitas com a condução da entidade só aumentou.
Num dos principais momentos para o esporte das pranchas, a entrada do surf para as Olímpiadas, duas chapas se formaram para tentar mudar a situação da CBSurf. Uma delas era encabeçada pelo Bi Campeão Brasileiro de Surf, Jojó de Olivença, e a outra chapa tinha como presidente uma das maiores lendas brasileiras do Surf Mundial, Ricardo Bocão, e como vice presidente, Teco Padaratz.
Neste meio tempo, Ricardo Bocão decidiu deixar a responsabilidade para concorrer como presidente a Teco, já que seus compromissos particulares não se alinhavam a campanha que precisaria ser feita. Além disso, a outra chapa concorrente, de Jojó, uniu forças, e transformaram-se em uma chapa apenas.
Chapa Nação Surfa Brasil venceu por 14 a 0 chapa da situação
Ladeados agora pela justiça, a votação aconteceu na última semana e o processo eleitoral foi tumultuado. Na semana passada a chapa de Teco havia sido impugnada pela Comissão Eleitoral da CBSurf sob a alegação de que ele havia compartilhado mensagens falsas pelo whatsapp.
A questão foi analisada depois pelo Centro Brasileiro de Mediação de Arbitragem (CBMA), que concedeu liminar autorizando Teco a concorrer antes do julgamento do mérito da acusação. Teco concorreu contra o então presidente da confederação, Adalvo Argolo, e Marcelo Barros, presidente da federação baiana. Ambos não receberam nenhum voto.
O mandato de Argolo já havia sido derrubado em assembleia em 2018, mas a mesma acabou anulada. Desde então, o processo eleitoral da CBSurf se arrasta de forma problemática. Em 2020 chegou a ocorrer uma eleição sem chapa de oposição, que posteriormente foi anulada na Justiça.