Luciano Burin e equipe são premiados em SC
Documentários de produtor e diretor de filmes, como A Pedra e o Farol e Pegadas Salgadas, da Scult Filmes é premiado em Santa Catarina
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Luciano Burin recebendo os prêmios na Assembléia Legislativa de SC. Foto: Arquivo Pessoal
Os documentários da Scult Filmes: “A Pedra e o Farol” (2016) e “Pegadas Salgadas” (2012) foram premiados respectivamente com a primeira e segunda colocação no concurso de obras audiovisuais catarinenses promovido pela TVAL, canal de televisão da Assembléia Legislativa de Santa Catarina.
Além do prêmio em dinheiro e a oportunidade de exibir os filmes em tv aberta e a cabo para o público catarinense ao longo dos próximos dois anos, o concurso promovido em comemoração dos 20 anos da TVAL representa um significativo reconhecimento do governo estadual sobre a importância cultural e social da produção artistica realizada em Santa Catarina – em meio a um cenário nacional pautado por uma ignorante e nefasta perseguição à produção artística.
“Assim, receber este prêmio ao lado de colegas que se dedicam à produção audiovisual em Santa Catarina foi um verdadeiro alento e um estímulo a seguir produzindo e enfrentando as muitas adversidades, como foi o caso do processo de produção destas minhas duas obras premiadas“, disse Luciano Burin, principal protagonistas das obras.
“Fica aqui o meu agradecimento a todos que acreditaram, participaram e apoiaram estes dois documentários, que seguem rendendo lindos frutos“, finalizou Burin..
Sobre o filme Pegadas Salgadas
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‘Após algumas exibições em festivais de cinema e no Canal OFF desde o lançamento oficial em 2012, o premiado documentário Pegadas Salgadas para visualização na internet.
A longa-metragem de alto nível do talentoso diretor Luciano Burin registra a marca deixada pela cultura do surf em Florianópolis nas últimas décadas, enriquecido com 25 depoimentos de personagens que construiram suas vidas em torno do esporte na ilha de Santa Catarina. O filme foi produzido com recursos do edital de cinema de Santa Catarina, mas como não foi possível investir em um lançamento em DVD, Burin fez o favor aos amantes das raízes do surf no país e divulgou na íntegra.
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O direto ainda está em busca de parcerias com canais de televisão para transformar “Pegadas Salgadas” em uma série televisiva semanal, o que permitiria aprofundar os temas abordados no documentário.
Ficha técnica
Direção, roteiro e produção: Luciano Burin
Imagens: Antonio Zanella, Rafael Ribeiro, Marcos D’Elboux, Fabio Siebert e Luciano Burin
Som direto: Fabio Siebert
Montagem e edição: Luciano Burin e Marcos BG
Arte e color: Marcos BG
Edição de som: Leonardo Gomes
Imagens adicionais: Lars Kreuger, Flávio Vidigal, Fábio Gouveia e José Manoel Pereira Nunes
Pesquisa de roteiro: Pedro Kuhnen
Consultor de Fotografia: Marx Vamerlatti
Produção Executiva e Finalização: Tiago Santos
Trilha Sonora original: Guilherme Vieira da SilvaArtistas convidados: ART Project, Tijuquera e ManeCabral’
Revista Hardcore
Sobre A Pedra e o Farol
Depois de três anos em produção, documentário A Pedra e o Farol, com direção e roteiro de Luciano Burin, tem estréia marcada para esta quinta feira no histórico Cine Teatro Mussi, em Laguna (SC), a partir da 20 horas.
por Eduardo Rosa, 09/08/2016 no site Almasurf
A Pedra e o Farol é um documentário da Scult Filmes que mostra a íntima relação entre o Farol de Santa Marta e a Pedra do Campo Bom, mais conhecida como Laje da Jagua, estabelecendo o seu decisivo papel histórico e cultural no desenvolvimento da região costeira de Laguna e Jaguaruna, no sul de Santa Catarina, que reúnem paisagens de beleza singular no litoral brasileiro.
Sobre a relação entre a Pedra do Campo Bom e o Farol de Santa Marta, Luciano conta como surgiu a idéia de fazer o filme: “Passo os meus verões na praia de Jaguaruna, no sul de Santa Catarina, desde que nasci então a distante espuma branca da onda da Pedra do Campo Bom (hoje conhecida como Laje da Jagua) sempre esteve presente do meu imaginário de surfista”.
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Há alguns anos, Luciano tomou conhecimento de que o Farol de Santa Marta tinha um mecanismo de emissão de um feixe de luz vermelha para orientar os navegadores a desviarem da rota de colisão com a laje, que fica a cerca de 20 quilômetros de distância do farol e a 5 quilômetros em alto mar da praia de Jaguaruna. Apesar disso, “as perigosas e desprotegidas águas da região ao sul do farol, continuaram por muitas décadas a vitimar diversas embarcações que naufragaram ou encalharam nesta faixa de litoral” comenta Burin.
“O ponto de ligação entre os vários temas e personagens do filme é a percepção de que as coisas só passam a ter significado quando damos algum valor a elas, seja registrando momentos em fotografias, valorizando uma construção antiga ou lutando pela preservação de um ambiente natural”, observa Luciano.
A “Pedra e o Farol” foi realizado com o apoio da empresa GAM através da Lei Federal de Incentivo a Cultura e também tem programadas exibições confirmadas em Florianópolis nos dias 19 e 21 de agosto, no cinema do CIC, além de exibições para escolas.
Confira abaixo entrevista de Luciano Burin ao Blog Surfemais.
Surfemais: Como surgiu a ideia em fazer o filme?
Luciano Burin: Percebi que muito pouca gente conhecia esta história e impulsionado pela existência de um rico acervo de fotografias destes naufrágios capturadas entre os anos 40 e 70 pelo único fotografo da região, o Sr. Gentil Reynaldo, decidi resgatar um pouco da história da ocupação desta faixa de litoral entre o Farol e a Pedra do Campo Bom, onde o surfe acaba tendo um papel decisivo no desenvolvimento social e turístico das praias do Cabo de Santa Marta e na transformação da Laje da Jagua numa referência no universo do surfe de ondas grandes na última década.
SF: Fale um pouco da produção e do empenho em montar o roteiro para o filme?
LB: O roteiro deste filme partiu de uma ideia antiga que formatei para um edital de cinema ainda em 2009. Sempre quis filmar um documentário baseado nas paisagens que marcaram a minha infância nos veraneios na Paria de Jaguaruna e no Farol de Santa Marta. A ideia era fazer algo bem poético em termos de fotografia e som, sem abrir mão de discutir temas relevantes dentro das comunidades retratadas.
Só consegui começar a produzir pra valer em 2014 com um orçamento bem enxuto, então tive que acumular várias funções e fiquei dois anos filmando e editando com a ajuda de uma equipe reduzida, mas muito talentosa.
No fim das contas, como em todo bom processo de produção, o filme foi ganhando vida própria, reuniu dezenas de depoimentos e, mesmo com um orçamento muito limitado e um cronograma que se estendeu por muito mais tempo do que o desejado, acho que consegui prestar a minha contribuição no sentido de registrar a história da região e fomentar questionamentos importantes para o futuro deste pedaço de litoral.
SF: Esta foi sua primeira produção lançada no sul do estado?
LB: Sim, é a primeira vez que vou exibir um filme no sul do estado. Lançar um filme independente de baixo orçamento é sempre um desafio, pois se você não tem o apoio de uma distribuidora e uma verba forte de lançamento é virtualmente impossível encontrar espaço em salas comerciais de cinema, então você ficando restrito aos pequenos cineclubes ou exibições em locais alternativos.
Em Jaguaruna, por exemplo, que é uma das locações principais do filme junto com Laguna, não existe uma sala de cinema de verdade, então estou buscando algum espaço alternativo como o auditório da Camara de Vereadores da cidade.
Neste sentido, esta parceria com o SESC Laguna que administra o Cine Mussi na cidade foi valiosa, pois trata-se de um antigo cinema que foi restaurado, oferecendo um ambiente muito bonito e confortável para a exibição do filme com alta qualidade acústica.
Vamos estender esta parceria para exibições especiais para escolas e vou atrás para exibir este documentário no maior número de locais possíveis na região, pois o filme certamente terá uma ressonância maior com as pessoas que vivem e conhecem as paisagens que aparecem na tela.
SF: Além de Fábio Gouveia, quais outros personagens entram nessa história e por que?
LB: Apesar de não ser propriamente um filme de surfe no sentido clássico do termo, tinha a ideia de poder contar com um conteúdo legal de performance de surfistas nas ondas do farol. No âmbito do surfe, tem a turma que surfa regularmente a Laje da Jagua, como o Thiago Jacaré, André Paulista, Fabiano Tissot, Marquito Moraes, João Capilé, além do Carlos Burle e Rodrigo Resende, que foi o primeiro surfista a pegar esta onda – junto com o falecido Zeca Sheffer. Fora isso, a lista de personagens inclui pescadores locais do farol, historiadores, comandantes da marinha, oceanógrafos, fotógrafos, ambientalistas, entre outros, que contribuem para explicar as características da região e contar um pouco a sua história de uma forma bem abrangente.
Direção e Roteiro: Luciano Burin
Montagem e Edição: Luciano Burin e Marcos BG
Cinegrafistas: Antonio Zanella, David Mendonça, Guilherme Reynaldo, Luciano Burin, Marcos BG, Marcos Vinicius DElboux, Pietro Franca, Rafael Ribeiro.
Desenho de Som: Leonardo Costa Gomes, Luciano Burin e Marcos BG
Edição e Mixagem de Som: Leonardo Gomes
Som Direto: Luciano Burin
Trilha sonora original: Guilherme Vieira da Silva, Lucas Garcindo, Luciano Burin, Manuel Cabral
Tratamento de Imagens e Color: Marcos BG Assistente de
Direção: Marcos BG
Assistentes de Produção: Guilherme Reynaldo, Marcos BG, Luis Henrique Tavares
Consultoria Administrativa / Minc: Marcos Braga – Art Prime
Produção Executiva: Luciano Burin e Tiago Naccari